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O medo na Idade Média

  • Anunciado em: 29 de julho de 2019 11:16
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Descrição

O medo na Idade Média

  1.  Porque o tema do medo foi por tanto tempo relegado da história? Porque é importante estudá-lo?

Segundo o autor existiu por muito tempo uma exaltação exagerada da valentia nos discursos históricos e na iconografia dos heróis que protegiam a sociedade. O medo, como objeto de pesquisa, só há pouco tempo tem sua importância reconhecida. Isso tudo porque o medo muitas vezes se confundia com a covardia e era motivo de vergonha para qualquer homem. O medo era a prova de um nascimento baixo, motivo de rejeição e do sujeitamento dos vilões. É importante estudar o medo porque esse pode nos dar um enfoque diferente da história das sociedades humanas. Através do estudo dos impasses, ansiedades e angústias provocadas pelo medo (individual ou coletivo), fica possível perceber aspectos e provocar reflexões sobre diversos temas que se encontram “amarrados” ao tema do medo: a miséria, a fome, a insegurança, as diferenças raciais. É possível também, estudando os medos e temores de nossos antepassados, entender nosso tempo, medos e dificuldades. Assim sendo, a pesquisa da influência do medo em nossa História torna-se um importante instrumento de esclarecimento e reconstrução da mesma.

  1. Que idéias fundamentais para a compreensão do tema “o medo” o autor discute no tópico: “o medo é natural” ?

O homem é o ser que tem medo por excelência. Ele necessita da certeza, da segurança para qualquer ação que tomar. Isso é caracterizado por algumas ações, características do ser humano, como o uso de amuletos, as crenças e, divindades e a glorificação dos protetores. O homem possui múltiplos medos e temores. Daí a causa dele conhecer o medo num nível tão grande: o sentimento de insegurança está impregnado na moral humana a todo momento, ora em menor ora em maior grau.

            O medo é ambíguo, pois ao mesmo tempo que é uma defesa essencial que por muitas vezes assegura a nossa existência, é também, se elevado ao extremo, uma barreira, um bloqueio que impede que possamos agir de forma racional e estratégica. Logo, segundo alguns autores, o medo torna-se um inimigo perigoso, causa de involução dos homens. Observando o medo sob o aspecto coletivo, o mesmo pode conduzir a comportamentos e sentimentos aterradores e irracionais.

            Segundo o autor, o historiador não terá muita dificuldade em identificar o medo no comportamento dos grupos sociais, pois a cada momento, a cada passo da existência de um povo, observa-se a presença do sentimento de medo influenciando as ações de uma sociedade. Dessa maneira, o historiador descobre a importância das reações coletivas de medo, conseguindo assim penetrar nos atos e acontecimentos obscuros de determinada civilização, descobrir os comportamentos vividos e não-confessados por ela e revelar o que estava por trás do discurso que se pronunciava sobre a mesma.

  1. O que é o medo singular e o que é o coletivo?

O medo individual é uma emoção, precedida de surpresa, ocasionada pela percepção de um perigo presente e urgente que nos ameaça de alguma maneira. Este medo pode ocasionar diversos tipos de comportamentos e reações, liberando uma energia desusada e espalhada por todo o organismo.

            O medo coletivo pode ser tanto a soma de medos pessoais, que provocam uma reação coletiva, quanto pode ser o hábito que se tem em determinado grupo humano de temer determinada ameaça.

            Em relação ao medo individual e ao medo coletivo, é importante ressaltar que o historiador deverá fazer uma dupla transposição: do singular ao plural e do atual ao passado.

  1. Quem tinha medo do que na Idade Média?

Primeiramente é necessário fazer duas averiguações para responder essa interrogação. A primeira é definida pela existência de medos espontâneos, onde grandes porções da população estavam inseridas. A segunda pela existência de medos refletidos, caracterizados pelos homens da Igreja. No primeiro grupo se encontram o medo do mar, das estrelas, dos presságios, dos fantasmas, da noite e outros. O segundo engloba o medo das pestes, das penúrias, dos estrangeiros, da fome, das guerras, etc.

  1. Como era o medo dos fantasmas? Cite exemplos medievais e mostre dois exemplos em outro período e em outra cultura que não européia para mostrar as diferentes concepções culturais sobre o medo.

O povo tinha convicção que haveria um outro mundo após a morte. Para tanto era necessária uma vida correta e dedicada a Deus. Acreditava-se que após a morte iriam encontrar um mundo além das coisas visíveis. Com isso se apoiavam na Igreja e nos santos, na tentativa de se proteger e tentar explicar o inexplicável. Consideravam a existência de espíritos bons, que viam pelo ar para saber fazer a vontade de Deus e maus que traziam à terra as pestes, febres, tempestades e trovões. Emitindo sons no ar com a finalidade de todos assustar. Exemplo, na Morávia o fantasma se colocava à mesa para participar das refeições junto com pessoas de seu conhecimento e sem dizer uma palavra, o mesmo fazia sinal de cabeça a um dos presentes e alguns dias depois este infalivelmente morria. Outro exemplo, na África para incitar certos defuntos a não mais voltar mutila-se o seu cadáver antes do sepultamento rompendo-lhe os fêmures, arrancando-lhe uma orelha, cortando-lhe uma mão, com isso por vergonha e por impossibilidade física o fantasma será forçado ficar aonde esta.

  1. Fale sobre o medo da noite. Siga a mesma lógica da questão anterior.

De acordo com Jean Delumeau a noite é mais propícia a terrores do que o dia. O medo da noite para muitos na Idade Média estava ligado ao que ela representava, ou seja, a escuridão ou até mesmo as trevas estando sujeitas a perigos como a insegurança, criminalidade, pestes, fantasmas, animais maléficos, adúlteros, ladrões entre outros.

            Na própria Bíblia há passagens que atribui a luz um aspecto de vida e a escuridão um aspecto de morte. A luz seria o caminho para salvação dos homens e das almas enquanto que a escuridão seria o tormento sem fim das trevas. Por meio disso, na intenção de se refugiar da noite, o homem cria a iluminação artificial tentando atenuar os medos que afloram ao anoitecer.

            A noite era considerada perigosa e aqueles que atacavam outras pessoas após o fim do dia ou mesmo em lugares afastados eram punidos severamente. Até nos dias atuais, o direito penal considera a noite como elemento agravante de um crime havendo um elo entre trevas e criminalidade.

As crianças também estavam sujeitas ao medo da noite na Idade Medieval. Tinham medo do sol não mais aparecer e ao adormecerem tinham pesadelos assombrosos. Além disso, outro medo que pairava sobre esse período, refere-se aos fantasmas que por meio da noite invadiam e perturbavam o mundo dos vivos. E ainda havia a desconfiança dessa sociedade em relação a lua, pois poderia produzir loucura, desgraças e trazer a peste.

 Na Europa do começo da Idade Moderna o medo da sociedade estava relacionado a lua que participa dos malefícios da noite vinculada ao inferno. Outro exemplo de concepção de medo no que se refere à noite, e a dos mexicanos antes da chagada dos espanhóis, pois para os habitantes do Vale do México, o sol era divino sendo esperado com fervor e ansiedade. Eles tinham medo de que o sol pudesse desaparecer para sempre ficando a mercê da noite e da lua responsáveis pelos terrores que poderiam acontecer com a ausência do sol.

  1. Fale sobre o medo da peste. Idem

A lepra foi uma das doenças que atemorizou a sociedade medieval. Consideravam na como um castigo aos pecadores, um mal que não sabia nem a causa, nem o remédio. As pessoas infectadas com essa doença eram afastadas do convívio da sociedade. Quando uma epidemia surgia numa cidade o pânico era coletivo. Uma das mais terríveis foi a peste negra, que devastou 1/3 da população em pouco tempo. Os medievais não tinham noção de que doença era aquela e como não sabiam que a contaminação ocorria por meio da pulga dos ratos e não havia grandes condições de higiene, a doença propagou-se rapidamente. Pode-se fazer um paralelo com a AIDS, quando surgiu na África, o medo assombrou a todos. A AIDS carregava o estigma da peste gay, mas a doença espalhou-se entre a população em geral, em todo o mundo, atingindo com força as mulheres. Atualmente há também o medo do câncer que ainda não se conhece bem a causa e mata milhões de pessoas, medo da gripe aviária e outros.

  1. Fale sobre o sentimento de insegurança. Idem

            A insegurança nos séculos XI e XII, por dentro dessa análise de fato recentes ou atuais esclarecem as violências milenaristas que se sucederam na Europa ocidental e até mais além, no século XVI. Na idade média as guerras eram como uma diversão de sangue e de brutalidade, no território Francês vinha principalmente, dos bandos militares, o povo camponês considerava os agentes do demônio. O risco que representava a cavalaria é, então, substituído pelo dos soldados aventureiros, das companhias de mercenários constituídas por marginais, de fortes equipes reunidas sob o comando de um capitão que negociava com os chefes de Estado, engajando-se a alto preço nessa ou naquela expedição militar. No início, no século XI, com toda certeza… o que é o feudalismo? Uma disseminação de castelos. Em cada um deles, um senhor, responsável pela ordem em torno da fortaleza. Para tanto, mantém um bando de 20,30 homens de guerra com seus cavalos. E que fazem eles? Defendem a região, mas a exploram, tentam tirar dela tudo o que podem. Só detém a idéia de que, se eles tomam demais, o capital será dilapidado. Algumas cidades nos vilarejos a população se agrupavam para se defender das agressões e se revoltaram na metade da guerra dos cem anos, os camponeses não aguentava mais essas exações. Século XIV e XV, as pessoas da criminalidade eram violentas e até brigavam entre si, outras espécies violência nas comunidades urbanas as mulheres em situação marginal, mal integrada a família, era as principais vítimas da juventude com o estupro coletivo. Algumas violências eram aceitas. O marido podia bater em sua mulher com violência, e dependendo do caso podia até matá-la se fosse adúltera, queima-la. Por tanto alguns crimes tinha uma punição dentro da brutalidade e a selvageria. O castigo tinha que ser em publico com sangue esbaldando, e tudo sendo cruelmente visível.

  1. Fale sobre o medo da fome. Idem

            O temor de morrer de fome é uma outra grande apreensão que não só o homem medieval, mas, também o homem contemporâneo tem. Pois em tempos de crise provoca-se o pânico. Voltando ao tópico medo de fome na Idade Média. O autor deixa claro que a alimentação era desequilibrada e com insuficiência de vitaminas. Embora severas nas cidades, as crises de fome eram ainda mais sentidas no campo, onde a maioria dos camponeses precisava comprar seu pão. Em certas províncias da França, ¾ dos camponeses eram incapazes de alimentar sua família com a exploração agrícola. Em nossa sociedade é difícil imaginar há apenas algumas centenas de anos se podia morrer de fome. No entanto, são inúmeros os testemunhos a respeito. Examinaremos alguns fatos. Uma cura por meio de champagner conta que “um dia um de seus paroquianos, um velho de 75 anos, entrou em seu presbitério para assar em seu fogo um pedaço de carne de cavalo morto de sarna há quinze dias, infestado de vermes e lançado a um lamaçal fedorento.” Em outro, uma mulher foi condenada à morte por te comido seu filho. Mas essas crises não ficaram só na Idade Média como veremos em outros fatos ocorridos: Em 1630, na Suíça, depois de uma colheita desastrosa, os pobres estavam reduzidos a extremos lamentáveis, alguns morreram de fome, outros comeram feno e ervas do campo. Já em outro fato ocorrido, as carniças dos animais eram procuradas; os caminhos estavam cobertos de pessoas, a maioria estendida à fraqueza e agonizando, ate que chegou a carne humana. Esses fatos ocorridos na Idade Média, e conseqüentemente na Idade Moderna, nos mostram a que ponto o homem pode chegar para não morrer de fome, podendo comer inclusive carne humana. Mas essas crises de fome ainda permanecem nos dias atuais principalmente na Ásia e África.

  1. Que conclusões pode-se chegar a partir da realização deste trabalho com relação ao medo na Idade Média?

            O grupo chegou à conclusão que sem dúvida é importante o estudo do medo para descobrirmos as fragilidades e os temores que os povos sentiam na Idade Média e que percorrem até os dias atuais. Através do estudo do medo temos a possibilidade de colocar em evidência o lado desconhecido da história, não retratado pela historiografia tradicional. Neste contato tivemos a possibilidade de abordar os vários temas relacionados ao medo, como por exemplo, a fome, a insegurança, as doenças, enfim sentimentos que a humanidade carrega desde os primórdios não conseguindo controlar. Percebemos que a sociedade medieval temia muito o castigo eterno e via as doenças e a fome como uma punição divina. Daí a importância de lembrarmos da influência da Igreja Católica na formação do pensamento medieval. Dessa forma o referido trabalho nos ajudou a traçar um paralelo por meio do estudo do medo da história medieval e da história contemporânea.

  1. Quais as diferenças e as semelhanças entre algumas concepções sobre o medo na Idade Média e nos dias atuais?

            Diante de todas premissas citadas vimos que muitas concepções sobre o medo continuam e outras mudaram. Segundo Duby, a sociedade medieval, era mais solidária, quando ocorriam catástrofes como a fome e doenças. Já na sociedade atual, movida pela globalização e liberalismo econômico encontra-se muito individualista. Outro aspecto é o medo do inferno que estava presente durante todo o período medieval onde todos os acontecimentos ruins eram vistos como castigo divino. Dessa forma as pessoas procuravam viver de acordo com as normas que a Igreja estabelecia para que depois da morte pudessem desfrutar do paraíso. Nos dias atuais esse fenômeno ocorre em menor proporção, pois no geral as pessoas procuram desfrutar da vida ao máximo possível, sem pensar em conseqüências futuras. Observamos que o medo de catástrofes natural continua presente apesar dos avanços tecnológicos, pois não podemos controlar a natureza. Esse trabalho nos fez perceber que o medo esteve e sempre estará presente na história de nossas civilizações, visto que faz parte da natureza humana.

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